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A expressão em língua latina cui bono? — às vezes também expressa como cui prodest? — significa literalmente "a quem beneficia?", na tradução para língua portuguesa, e é usada tanto para sugerir um motivo oculto quanto para indicar que o responsável por algo pode não ser aquele que, a princípio, parece ser. Geralmente a expressão é usada para sugerir que a pessoa ou pessoas culpadas de um crime devem estar entre aqueles que têm algo a ganhar com ele. Aplica-se na investigação criminal, sugerindo que a descoberta de um possível interesse pode servir para descobrir o culpado do delito.
O orador romano Marco Túlio Cicero, em seu discurso Pro Roscio Amerino, seção 84, atribuiu a expressão cui bono ao cônsul e censor romano Lúcio Cássio Longino Ravila:
Outro exemplo do uso de cui bono por Cícero está na defesa de Milão, no Pro Milone. Ele chega a fazer referência a Cassius: "aplique-se a máxima de Cassius ".
Cui prodest? deriva das palavras pronunciadas por Medeia na tragédia homônima de Sêneca. Nos versos 500-501, ela afirma: cui prodest scelus, is fecit, isto é, "aquele que lucra com o crime foi quem o cometeu".